A MAGIA DAS TAÇAS
A Magia das taças
kaye yamamoto de
oliveira
Mais do que
simplesmente saciar uma necessidade, degustar um vinho ou qualquer outra bebida
é a busca por um prazer maior e quando o fazemos em uma taça, especialmente
criada para esse fim, nosso prazer é multiplicado exponencialmente. Para muitas
pessoas usar uma taça adequada pode parecer uma frescura desnecessária,
reservada somente aos entendidos da bebida, mas como um bom colchão pode tornar
sua noite de sono mais agradável, um copo correto pode amplificar os sabores e
aromas de um vinho, tornando-o ainda mais agradável.
Uma boa taça de vinhos precisar
ser de material translúcido, possibilitando assim a apreciação das cores e
características visuais dos vinhos. O cristal é mais indicado que o vidro, por
ser mais leve e apresentar maior porosidade, proporcionado assim, aliado a um
bojo grande que permita um maior contato do ar com o vinho, a quebra e
volatilização das moléculas de aromas. É importante também que a taça tenha uma
base sólida para o apoio e uma haste longa que permita a agitação do vinho bem
como evite o contato das mãos com o bojo para que o líquido não esquente.
Embora os outros itens sejam muito importantes, é o formato da borda da taça que mais diferencia um modelo do outro. A boca humana consegue, basicamente, sentir quatro sabores: doce, salgado, azedo e amargo, cada qual com receptores específicos em determinados locais da boca e é para onde a borda da taça direciona o vinho que transforma um simples gole em um prazeroso momento de degustação.
Atualmente são mais de
400 modelos somente de um fabricante e como é pouco provável que uma pessoa
comum tenha em casa tantos tipos de copos, o ideal é que se tenha ao menos o
modelo específico para o tipo de vinho que mais se consome em seu dia-a-dia ou
os quatro modelos básicos: vinho branco, vinho tinto encorpado (Bordeaux) vinho
tinto leve (Borgonha) e espumante (Flûte).
A taça de vinho branco,
deve ter um volume menor e uma haste longa, evitando assim que o vinho dentro
dela esquente rapidamente pela troca de calor das mãos e do ambiente. A borda deve
ser estreita e o bojo mais fechado direcionando o vinho do centro para as
laterais da língua, permitindo a melhor percepção do equilíbrio entre acidez e
notas frutadas.,
As taças Bordeaux foram
concebidas para o serviço de vinhos tintos mais encorpados e com muitos
taninos. Indicada principalmente os vinhos feitos da uva Cabernet Sauvignon,
Merlot, Carmenere, Tannat entre outras, tem o bojo grande e a borda fechada
para concentrar os aromas e direcionar os vinhos para a ponta da língua,
permitindo assim que os aromas frutados dominem a boca antes que os taninos
amargos preencham a parte de trás da boca.
Já os vinhos tintos
mais leves, notavelmente os feitos com as uvas Pinot Noir, pedem uma taça
similar ao modelo Borgonha com um formato balão, ou seja, com um bojo muito
grande, para que haja maior contato com o ar e consequentemente que seu buque
se libere mais rápido. Esse tipo de taça direciona o vinho para as laterais da
língua onde sentimos o sabor ácido que confere frescor aos vinhos.
Para os espumantes de
uma forma em geral, a taça mais indicada é o modelo Flûte, flauta em francês.
Essa taça permite a observação e a liberação das borbulhas do espumante, bem
como ajuda preservar sua temperatura que sempre deve ser baixa. A borda estreita
direciona os aromas para o nariz e o líquido para as partes do palato que
reconhecem a textura cremosa bem como evidenciam o frescor deles.
Por fim, a ausência de uma taça perfeita não deve ser um motivo para não se degustar um bom vinho ou espumante, mas se o objetivo for saborear o máximo que essa bebida incrível pode oferecer, um pequeno investimento (atualmente existem boas taças com preços bem acessíveis) pode fazer toda a diferença.
Por fim, a ausência de uma taça perfeita não deve ser um motivo para não se degustar um bom vinho ou espumante, mas se o objetivo for saborear o máximo que essa bebida incrível pode oferecer, um pequeno investimento (atualmente existem boas taças com preços bem acessíveis) pode fazer toda a diferença.
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